FAIR PLAY

Deixo-vos um texto da Ana, com o tema: FAIR PLAY.

Um "lema", tão esqueçido, menosprezado, ultrapassado e até substituido por aquele palavrão que todas conhecemos, ARROGÂNÇIA.

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3-0 há muitos!!!

Já nem sei há quantos anos lido de perto com o Campeonato do Inatel, no que ao volleyball diz respeito. Durante muito tempo como espectadora, actualmente, como atleta.

Umas das coisas que sempre me despertou a atenção é o facto de pessoas de todas as idades, algumas com experiência, outras nem tanto, se unirem em torno de um objectivo comum, fazer desporto, tendo como tónica divertirem-se e conviverem.

E não é por isto que o nível de competitividade se torna inferior. Afinal, todos gostamos de ganhar e de jogar o melhor possível, não é verdade? Só que, por motivos que até nos podem ser alheios, nem sempre dá. Às vezes, há dias-não e as coisas não correm como esperávamos, mesmo que nos esforçemos ao máximo, outras falta sorte, empenho ou há mesmo alturas em que temos de nos render às evidências e admitir que os adversários foram melhores... Mas, ao que parece, infelizmente, tal não está ao alcance de todos.

Ter “mau perder” é algo muito feio, que não se coaduna com a verdadeira essência da prática desportiva, mas ter “mau ganhar” não lhe fica atrás. Não basta ter qualidade e conseguir traduzi-la em campo para se ter uma boa equipa ou bons jogadores. A atitude do colectivo e de cada um dos elementos que o compõem (passando também pelos treinadores) é algo muito importante. Há que ter fairplay e, sobretudo, humildade.

A sede de vitórias não pode toldar-nos os olhos e a sua conquista não deve levar quem quer que seja a fazer análises displicentes ou a achincalhar os adversários, mesmo que a sua qualidade esteja uns furos abaixo. É feio! É desnecessário! É de uma falta de respeito enorme para com quem se esforça por fazer o melhor que sabe. Vai contra todos os princípios que regem as actividades desportivas do Inatel. Mina as relações entre pessoas que se conhecem há muitos anos. Haverá necessidade disso? Julgo que não.

É óbvio que não deixa de ser uma competição, mas não é propriamente a A1! Culpar árbitros, proclamar-se vítimas do sistema e dizer-se perseguidos parecem-me telenovelas a mais. Serão desculpas para evitar outras justificações?

Na Meeting também queremos sempre ganhar! Temos noção das nossas limitações, mas também sabemos quais são as nossas qualidades. Esforçamo-nos cada dia para fazermos melhor, treinamos com empenho e, sobretudo, boa-disposição. Tentamos unir a paixão pelo volleyball a momentos salutares de convívio. Porque, para todos aqueles que gostam realmente desta modalidade, não basta ganhar 3-0 todas as semanas à equipa que nos saiu no calendário. O volley é muito mais do que isso! Se por entre passes, remates e manchetes não houver amizade, companheirismo, gargalhadas e, às vezes, até algumas lágrimas cúmplices, não vai resultar. E enquanto as pessoas não se consciencializarem disso, por mais acima que tenham ficado na tabela classificativa, continuarão sempre na “Liga dos Últimos”.

Saudações desportivas,

Ana Alexandra Henriques

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É FÁÇIL!

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